Linha de montagem do Ford 1949

Complementando o meu outro post sobre os primeiros Ford do pós-guerra, seguem as fotos da linha de montagem dos Ford em 1949. Fotos muito bonitas, artísticas. Gostei muito das fotos em que o trabalhador faz sua refeição dentro da linha de montagem. Quantas reflexões a partir desta foto, não é mesmo?

E para ajudar você a refletir um pouco sobre o significado desta época, saiba que em 1949, nos EUA, um carro como o Ford custava uns US$1.650,00; a gasolina custava US$0,26 por galão; uma casa de porte médio uns US$14.500,00 e uma novíssima televisão DuMont de 20 polegadas custava US$999,00 ou quase o preço de um carro novo.49_ford_assembly_line_23749_ford_assembly_line_25249_ford_assembly_line_25549_ford_assembly_line_24649_ford_assembly_line_24449_ford_assembly_line_26049_ford_assembly_line_259

Museu do Roberto Lee na TV

O amigo Lucas me manda o link para uma matéria que foi ao ar pela VNews, afiliada da Globo para a região de Caçapava, dando conta da destruição, furto e vandalismo de que têm sido vítima o museu do Roberto Lee em Caçapava. Quem sabe, como alguém disse lá no Simca uma vez, isso não é assunto para chegar ao Fantástico da Rede Globo e, com isso, fustigar as omissas e cúmplices autoridades que, como já denunciado inclusive aqui, cometem crime de omissão por nada fazerem a fim de preservar esse esse patrimônio tombado e de valor incomensurável? Para assistir a reportagem clique no link abaixo.

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Para ver a reportagem que foi indicada pelo amigo Lucas, clique neste link.

Para ver fotos e o que mais foi publicado aqui sobre o Museu de Roberto Lee, o link é este aqui.

Os novos Ford para 1949

Depois que eu andei no Ford 1950 de um amigo, um raro modelo coupê Crestliner, o carrinho passou a me ocupar a atenção. Até demais. Estes Ford (1949 e 50) não saem mais da minha cabeça e talvez organizando aqui um pouco da história deles isso passe. Vamos ver. Como sempre, o texto é pretexto para compartilhar fotos que eu adoro.

1949 Ford Club coupe

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Como todo mundo já devia saber, exceto eu, os Ford 49 foram o primeiro design original da Ford depois da II Guerra Mundial, um período traumático na empresa que perderia seu fundador e seria sucedida pelo neto de apenas 30 anos, Henry Ford II, em 1947. Foi um projeto inteiramente novo, que corrigiu aspectos defasados ou mesmo obsoletos dos Ford de 1948, que nada mais eram que a reedição dos modelos para 41 e 42.

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O Ford 49 foi apresentado ao mercado posando ao lado do Modelo T (acima). A mensagem era óbvia: “nós vamos revolucionar sua vida novamente!”. E ao que parece conseguiram pois, segundo o próprio Henry Ford Museum, os Ford 1949 e 50 salvaram a companhia da falência.

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A Ford reforçou esta mensagem de um produto inteiramente novo, um marco na história da companhia, o que ele de fato foi. Acima, colocando na perspectiva correta em foto do ano do lançamento: o Ford modelo A, o modelo T, o sedan 1948 e o novíssimo 49. Abaixo, dois outdoors também de 1949, em que é fácil entender com que velocidade se deu o sucesso dos novos Ford.

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Acima, quase um milhão de Fords vendidos em 1949. Logo depois, no mesmo ano, já somam mais de um milhão.

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colorComo dito, quando acabou a guerra, nem a Ford, nem a Chrysler e nem a General Motors tinham um produto novo para oferecer ao mercado. O que é fácil de compreender, pois eles passaram os últimos anos fabrincado fuzis, penicos e bombardeiros, em nome do esforço de guerra. Quem saiu na frente foi a Studebaker (“First by far with a pre war car”) e  a Kaiser-Frazer, estes sim fabricantes dos primeiros veículos do pós-guerra. Seus carros, modernos e originais, serviam para ngativar ainda mais a imagem do produto antiquado e defasado que as majors ofereciam, e isso era péssimo para os negócios, como se pode imaginar. Bastava colocar um Chevrolet 39 ou De Soto 40 ao lado de um Studebaker para que o constrangimento fosse total.

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O pós-guerra foi uma época difícil para o americano em particular. O novo Ford fez parte desta história com entusiasmo e qualidades que o transformaram em um clássico.

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O desenvolvimento do projeto do Ford foi muito parecido, dizem os entendidos, com o de outros automóveis. Confuso, tumultuado, violento. Há um artigo interessantíssimo aqui que conta em detalhes todo o processo. Leitura obrigatória. Mas também não deixe de ver o vídeo que o Mário Buzian me enviou a dica, a versão em película da Ford para a mesma história. Imperdível.

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Acima, promoção do lançamento do 49 e abaixo um coupê Crestliner como o do meu amigo San, em foto de fevereiro de 1956.

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Depois que o carro se tornou um sucesso, muitos disputaram a paternidade do design, entre elas Robert Bourke, egresso da Studebacker que, dois anos antes, lançara no mercado um nariz (spinner) muito parecido em sua linha. Mas, ao que parece, foi um certo Joe Oros o designer responsável pelo toque de mestre tão característico nos Ford 49 e 50, além de outras partes do projeto.

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A foto acima é do início da década de 60, na Califórnia. Parece cenográfica mas não é. Apenas mais um dia na vida de um jovem de sorte, pois se não!

Os Ford 49 tinham duas ou quatro portas e estavam disponíveis em duas versões, Standard e Custom. O pára-brisa bipartido era um capricho comum da época. O teto era alto mesmo e era impossível não reconhecer aquele nariz por aí, que esteve presente até o ano seguinte sendo aposentado em 1951. Neste ano de 1949 foram vendidos mais de 1.100.000 carros, gerando um lucro de 177 milhões de dólares em dinheiro da época para a Ford Motor Company.

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O Ford é o carro do trabalhador comum, reconhecido por entregar boas qualidades  e uma mecânica confiável. Um automóvel honesto, como se diz. No caso do 49 isso se torna evidente na medida em que a única coisa herdada de outros projetos é justamente a mecânica, os V8 flathead que a Ford havia lançado em 1932. Robustos e confiáveis, o que mais se precisava para complementar um conjunto tão harmônico, bonito e agradável?

Abaixo, algumas fotos que eu gostei sobre este carro que ainda não saiu da minha cabeça. Com tantas qualidades, como poderia ser diferente?

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1949 Ford woodie wagon in front of home with family

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Para quem quer ler mais, recomendo:

1. Henry Ford Museum

2. A história do projeto do Ford 49

3. A história do Ford Crestliner 1950 e 51.

Quem quer um Cadillac 75? Eu não!

O amigo Guilherme do Blog Antigos Verde e Amarelo tocou em um assunto que me interessa muito, que é a (falta de) substância e critério do que têm sido publicado na Revista Classic Show. Quando eu escrevi sobre isso aqui, achei que o assunto não ia render muito. Só tive uma réplica ao meu post, que ainda por cima foi me acusando de escrever tão mal ou pior do que a Classic Show! Caramba, eu pensei, mas queriam o quê pelo preço que eu cobro aqui?

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Minha ignorância de lado, a Classic Show têm servido muito mais aos seus anunciantes (veja o caso da “nova” revista A Biela e um Rolls Royce medonho que é matéria e anúncio ao mesmo tempo…) do que ao seu público leitor. Inclusive por que a estes entrega um texto ruim, pobre e sem inspiração, com assuntos de valor discutíveis. Enfim, tá custando caro. Periga perder o lugar de querida do antigomobilismo nacional para o primeiro empreendedor que perceber que nas bancas têm muito espaço ainda para vender não mais uma “revista de carro antigo”, mas uma publicação com matérias mais bem trabalhadas, que contem com colaboradores de todos os cantos e que com isso entreguem um conteúdo melhor e mais adequado aos tempos de internet. Afinal, aqui à direita da tela têm links de blogs que valem por 1.000 revistas.

Parece que eles vão sortear um Cadillac ano 1975. Olha, eu não conheço alguém que sonhe em ter um Cadillac 1975. Mas sei que eles prestaram um grande favor ao governo americano, retirando de seu território essa bomba ecológica de efeito retardado que nem eles querem mais (clique aqui e veja se estou brincando). Enquanto marketing a jogada é boa, os caras querem ver o stand pegar fogo em Águas de Lindópia. Só acho que, ao invés de sortear um trambolho desses, poderiam ter, por exemplo, construído uma réplica do Carcará para sortear entre os fãs. Aí sim seria uma grande promoção, que iria durar por décadas, como os Puma 4R. Quanto ao Cady 75…

E você, o que acha da Classic Show? Não vale dizer que eu escrevo mal. Isso todos já sabem!

A última do Zeppelin de Belém do Pará

O Haroldo Baleixe têm uma idéia interessante sobre as circunstâncias em que se deram as fotos do ônibus Zeppelin de Belém, aqui neste post do blog dele. Se o assunto te interessa, não deixe de ler. Do jeito que estamos indo, daqui a pouco achamos um esquecido atrás do Ver-o-Peso.

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Harley Davidson, Model 42 WLA

Foram fabricadas aos milhares e atuaram em todos os cenários de guerra após 1942. Foi o Jeep de duas rodas.

A primeira vez que eu vi uma eu fiquei muito impressionado. Foi num encontro em Penedo, o “I Penedo Only Harley”, muitos anos atrás. Que aliás era um encontro bom pácas, não sei mais como é hoje. Estas motos têm uma alma difícil de traduzir. Só vendo para – tentar – entender.

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Separei mais algumas fotos das Harley 42 WLA em ação, muito interessantes, e publiquei aqui. Se quiser ver a galeria, clique no link abaixo. Depois do pulo vêm o mergulho.

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Férias da família, 1969

De todas as fotos que eu coleciono esta sem dúvida está entre as 10 melhores. Um dia de férias de uma família em 1969 no Novo México, EUA. O automóvel é um Cadillac 59,  e eu ainda não sei se aprecio mais o carro, a cena em si, a família ou o fato deles estarem todos juntos de férias. Linda cena, clique para ampliar.

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Assim nasciam os Mustang

Estas fotos são da época em que Lido Iacocca aparecia para almoço na Casa Branca sem avisar. Suas fábricas despejavam poluição para adoecer gerações nos rios de Detroit e os sindicatos eram ainda mais combativos. Eram os anos sessenta, afinal! Aqui são fotos de uma greve do ‘United Automobile Workers’ em Dearborn, Michigan. O lado positivo disso, tantos anos depois, é que temos as fotos em cores da linha de montagem dos Mustang. Aliás, de que ano são estes Mustang? 67?

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Para ver o resto das fotos do ninho dos Mustang clique no link abaixo, por favor. Depois do pulo vêm o mergulho.

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