Barthes

Este é um blog sobre fotografia. Quase sempre fotos antigas, de automóveis antigos.

Sendo a fotografia uma minha obsessão que não quero desvendar, estou relendo “A Câmara Clara” de Barthes.

E ele atrapalha este meu não-compreender. Principalmente a noção de nostalgia através da fotografia, tão em voga hoje em dia. Pois não é toda a fotografia, pretérita?

Barthes reflete:

“O que a Fotografia reproduz ao infinito só ocorre uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente.”

Mais adiante, ele diz que a “A fotografia sempre me espanta, com um espanto que dura e se renova, inesgotavelmente”.

E é assim, melancolicamente conformado com a metafísica por cima de todas as coisas, que divido umas últimas fotos que pesquei no acervo da Life.

9 comentários sobre “Barthes

  1. Irapuã disse:

    “Véí, na boa…” rsrs
    Senti saudade daquilo que não vi ! A frase com a dolorida afirmação de “que nunca mais poderá repetir-se existencialmente” faz pensar na magia de cada um desses momentos.

    Ah !, e a parte de “que divido umas últimas fotos que pesquei” não deve ser levada a sério, até porque dependemos de sua sensibilidade para pescar outras mais, KKKKKKK

    Grande post!
    Algumas (várias) dessas fotos, ainda que alegres, transmitem melancolia por serem momentos únicos. Parabéns.
    Acho que é por isso -e os carros antigos, claro- que frequento este espaço… ;)

  2. João Barbosa dos Santos Neo disse:

    Estupendo! Lembranças de uma época vivida, porém minimizadas em sua essência por terem sido vividas no Brasil. Isto me fascina. Obrigado

  3. carrosantigos disse:

    Senhores, metade da graça destas fotografias está em encontrá-las. A outra metade em encontrar quem saiba seu valor.
    Vou postar mais umas hoje. Tenho tão poucas da Life… ;)

  4. Rafael disse:

    Nik, sensacional seleção de fotos. Muito bom gosto!! Minha favorita foi a do “In person Nat “King” Cole” os detalhes são sensacionais!

  5. Roberto Cesar dos Santos disse:

    Obrigado Nik por estes momentos que dão prazer de existirmos contemporaneamente
    numa época que esbanja poesia de viver. Não é necessário proximidade, basta sabermos.

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